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22/03/2021

Manejo da pastagem na altura adequada

Atualmente existem diversos capins de diferentes gêneros, espécies e cultivares e grande parte deles está dividida entre os gêneros braquiária e panicum. Eles são subdivididos nessas duas classes, pois um dos fatores que os diferenciam é sua altura de manejo. Os capins do gênero panicum são de porte alto e alonga significativamente seu colmo. Já as braquiárias são de porte menor se comparadas à maioria dos panicum, mas com alta capacidade de perfilhamento lateral. Sabendo dessas duas características, esses pastos devem ser utilizados em uma altura de corte ideal, com uma estatura ideal para entrar e sair com os animais com melhor aproveitamento.

O fator que determina uma altura de entrada para os animais no pasto é a luminosidade. Como ilustra a figura abaixo, todas as folhas necessitam de energia luminosa para produzir suas fontes energéticas através da fotossíntese. Na arquitetura da própria planta, quando determinado cultivar chega em certa altura, as folhas mais altas começam a sombrear as folhas de baixo e, consequentemente, as folhas que estão com ausência de luminosidade solar decrescem sua produção energética e morrem. Como alternativa, a planta estende seu perfilho principal para fazer com que a luz chegue à base da planta e, assim, aumenta a proporção de folhas mortas. Portanto, podemos inferir que quanto maior altura a touceira chega, possivelmente mais sombreamento ele fará nas folhas da base dela, sendo boa parte do volume produzido para a alimentação animal não aproveitado.

 

 

(Fonte imagem: @pastagemeciencia)

Outro problema recorrente nas pastagens no Brasil é deixar a planta crescer e produzir sementes para utilizá-las em uma melhor cobertura do solo ou para economizar na dosagem de sementes. A partir do momento em que, em um primeiro ciclo, as plantas crescem e se reproduzem, acontece exatamente o que está ilustrado na figura acima, acarretando perdas de produção de pastagens e no decréscimo nutricional acentuado da matéria verde produzida.

Para que o pasto esteja em equilíbrio e haja menor volume de perda e melhor aproveitamento nutricional da pastagem, é necessário estabelecer a altura de entrada e saída dos animais para que o efeito da altura demasiada da planta não ocorra em perdas. Por exemplo, o Mavuno, que é uma braquiária híbrida de mercado, patenteada pela Wolf Sementes, tem a altura de entrada de 40 a 50 centímetros para pastejo e 20 cm para retirar os animais. Já um Panicum como o Mombaça, devido ao alongamento do colmo, possui altura de entrada de 80 a 90 centímetros e altura de saída de 40 centímetros. Hoje, existem materiais da EMBRAPA que contém altura de entrada e saída de diversas cultivares do mercado.

Uma vez adotado este tipo de manejo, o pasto será bem aproveitado pelo animal, alcançando o objetivo de nutri-los adequadamente, aproveitar o seu pasto durante o ano e tendo também uma maior durabilidade.